quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Emigrar? Ou emigrar!

Depois de alguns dias de ausência forçada estou de regresso.
Já há alguns anos que pensei emigrar, mas como não tenho grande espírito aventureiro e até aqui tive alguma estabilidade laboral, mantive-me quietinho no meu canto. E não foi porque o Miguel Relvas ou o Passos Coelho nos mandem emigrar, porque sou da ideia que se não há condições no nosso país para nos mantermos devemos procurar por melhor lá fora, não preciso que me mandem embora.
Não viajei muito mas o que conheci de alguns locais, especialmente Genebra, na Suiça, fiquei com a ideia de que por mais que adore o meu país, por tudo de bom que cá há e são bastantes coisas, a situação económica de Portugal nunca foi a melhor e dificilmente vai ser. Vivemos num país em que os governantes querem equiparar-nos em toda a linha com a europa e com os países mais desenvolvidos, excepto nos salários, que continuam baixos. Estamos na média europeia em tudo o que seja gastos (preço dos combustíveis, água, electricidade, tv por cabo, alimentação, carros, casas, etc) enquanto os salários são dos mais baixos da europa e com tendência a diminuir, por incrivel que pareça. Não é possível a economia dum país crescer, enquanto os seus habitantes vêem o seu poder de comprar ser reduzido sistemáticamente.
Por isso, a ideia de emigrar sempre esteve no meu consciente, mas para uma situação controlada, candidatar-me a um emprego no estrangeiro, principalmente onde pudesse falar inglês, por não "pesco" nada de alemão e o meu francês é muito rudimentar e esperar ser seleccionado para o mesmo. Porque ir para piores condições, longe da família e para um habitat desconhecido, acho melhor continuar por cá.
Surgiu agora a oportunidade, tenho estado em fase de candidatura, passei a 1ª e tive de apresentar uns trabalhos e fazer um video de apresentação para passar à seguinte.
Agora é aguardar pelo fim do mês por resposta... que ainda não deve ser definitiva, mas passo a passo espero garantir este emprego. Melhores condições, melhor ordenado, país muito desenvolvido e bastante importante, tenho amigos lá, que é uma garantia de segurança e apoio.

sábado, 8 de setembro de 2012

Game over

Depois de ouvir o discurso de Passos Coelho, da troca de ideias no Facebook com alguns amigos, de ouvir alguns comentadores económicos, de ler alguns artigos, penso mais um pouco sobre o assunto e vejo que no meu ponto de vista o anúncio de ontem ainda pode ser pior do que pensei inicialmente.


Teoricamente até se pode pensar que podia ser uma medida menos má devido ao facto de as empresas poderem usar o bónus de 5,75% na TSU (Taxa Social Única) para promover o emprego e até aumentar o ordenado de alguns trabalhadores que ganhem menos, mas o que na pratica se vai verificar é:

1º - As empresas vão usar esse dinheiro para primeiro pagar as suas dívidas (as que estão em pior estado) até podem não despedir ninguém, mas não vão criar emprego, vão apenas ajudar a que não desça mais ainda.

2º - As que estão em melhores condições mesmo que usem parte do dinheiro para criar emprego, vamos ver se alguém vai aceitar. Quem vai sair do fundo de desemprego para ir ganhar menos - primeiro porque as empresas vão sempre querer pagar menos que os ordenados que existem actualmente e depois porque vão pagar mais de TSU - fora as despesas que se têm com o emprego, deslocação e tempo perdido na mesma, refeições fora, stress, por aí.
Mesmo que as empresas usem a parte da TSU para aumentar alguns empregados nunca vai ajudar a compensar o pagamento de mais 7% de TSU (é um aumento de 33,25€ num ordenado mínimo) por exemplo quem tenha de pagar passe deixa de ter dinheiro para isso). qual vai ser a empresa que vai aumentar um ordenado minimo em 33 euros, um aumento de 7%, até porque só vão ter um beneficio de 5,75%, logo ficavam elas a perder, mesmo que ajudem um pouco, os trabalhadores vão ficar a perder muito.

3º - As empresas vão pura e simplesmente aproveitar os tal benefício do governo em TSU para aumentar os lucros e penso que vão ser a maior parte das empresas.

4º - Se as pessoas vão ter menos poder de compra como vão poder comprar mais para que a economia portuguesa sobreviva desta crise? Menos dinheiro, significa menos gastos, logo as empresas vão também vão vender menos, logo é um ciclo vicioso. Não resolve nada. 

Concluindo, é uma medida trágica que prevejo a longo prazo também seja o fim dos subsidios de Férias e de Natal, já que o governo anunciou que um dos benefícios que vai ser reposto vai ser diluido no ordenado dos funcionários públicos, a seguir as empresas irão tomar a mesma medida, mas como o governo não tem controlo no privado, estas não vão diluir no salário e sim deixar simplesmente de pagar. Mais um bónus para as empresas e os trabalhadores privados que desde já perdem um ordenado, estão em vistas de perder 3 nos próximos anos.

Temos um governo de teóricos que nunca precisou de gerir um orçamento realista em sua casa (sempre tiveram dinheiro de sobra), porque se alguma vez tivessem passado por dificuldades, saberiam que as medidas que estão a aplicar são contrárias ao que se deseja. Precisamos de crescimento económico, logo o contrário que se faz agora. É necessário dar mais dinheiro às pessoas para poderem gastar e logo as empresas produzirem mais. É assim que estimula a economia, não o contrário.

PS.: Mais uma coisa que acho ser relevante. Se este aumento é de uma taxa supostamente social, quando os trabalhadores precisarem de qualquer beneficio social, seja subsidio de desemprego, abonos de familia ou a reforma (quem tiver direito a ela, pois eu tenho a certeza que nunca irei gozar do dinheiro da reforma que estou a descontar pois quando lá chegar já o "enterraram" todo) vamos ter também o aumento do mesmo???? Fica a pergunta ao Dr. Passos Coelho.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Lisboa 19H15

Lisboa 19h15

Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, anuncia novas medidas que se pensam ser de austeridade.
Não sei o que esta gente quando chega ao governo vê por lá, nos documentos, relatórios, análises, que se põe a tomar medidas que em vez de melhorarem só pioram. Quando estão na oposição, criticam estas medidas, quando lá chegam, dizem que são inevitáveis.
Acho que não é necessário ser um economista reconhecido para ver que nos ultimos anos os impostos têm vindo a aumentar e que o resultado é..... a receita dos mesmos por parte do estado a diminuir. Basta analisar o IRS, IRC, IVA, Imposto sobre combustiveis, imposto sobre o tabaco, imposto sobre o alcoól e imposto automóvel.
A regra não é tão simples como aumentamos os impostos logo vamos obter mais receita. Pois basta ter 2 dedos de testa para perceber que se aumentam, as pessoas vão tentar arranjar forma de diminuir as suas despesas também e por sua vez diminuir a receita do estado, por outro lado também haverá mais evasão fiscal e a maior está nas grandes fortunas que o podem fazer por terem mais meios para tal (Paraísos fiscais, off-shores).
Há que ser bem mais criativo e fazer muito melhor as contas.
Quanto ao anúncio em si, vamos esperar para ver... mas não prevejo nada de bom!
E o povo já está farto de lhe irem ao bolso.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O início

Et voilá!

A pedido de imensas famílias (1 pessoa para ser mais exacto), aqui estou eu a começar um blog.

Não tenho uma motivação concreta ou assunto específico para escrever, para já apenas pensamentos soltos, actualidades a criticar, entre outras coisas que ache por bem publicar.

Espero ser assíduo, deixar de ser preguiçoso e dar largas à imaginação. Gosto de ler, de estar informado, mas nunca me passou pela ideia escrever. Sempre achei não ter jeito. Vamos ver no que isto vai dar.

De quem me seguir espero criticas sobre o que escrevo, apesar de escrever essencialmente para mim.